domingo, 3 de janeiro de 2010

As maldades que os seres que se dizem humanos fazem

Vamos começar o ano mostrando os últimos resgates que fomos obrigados a fazer na própria Feirinha do Alto por não termos nenhuma outra opção.

Deixamos registrado aqui que nós somos apenas 6 pessoas, que não recebemos ajuda financeira nenhuma,  trabalhamos durante toda a semana para nos sustentar. No final de semana estamos deixando de estar nas nossas casas com as nossas famílias e não estamos aguentando a maldade que as pessoas fazem não só com os animais, mas conosco também.

No dia 19-12, encontramos no local do nosso stand uma caixinha com 5 bbs famintos, cheios de sede. Não sabemos a que horas foram colocados lá porque os seguranças da Praça não viram.

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Vidas inocentes,

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que não têm culpa das maldades dos humanos.

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Domingo, dia 20-12, foi a vez de uma caixa com 4 gatinhos, 2 machos brancos e 2 fêmeas rajadinhas.

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No dia 26-12, uma caixa com três bebês de porte pequeno com, no máximo, 30 dias.

São dois machos e 1 fêmea que só poderão ser doados daqui a 15 dias, no mínimo.

100_5697 No dia 27-12, resgatamos mais três bebês durante a Feirinha. São duas fêmeas e um macho em estado lastimável.

100_5726 Vejam só o estado do machinho.

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Para começar o ano, ontem, dia 02-01, fomos chamadas por uma pessoa que tem barraca na Feirinha para ver um cachorrinho que estava "desmaiado”  em frente à barraquinha dela.

Todo mundo estava morrendo de pena, muita gente ficou ali por perto e quando nós explicamos que o nosso problema não é falta de vontade de ajudar todos os animais, mas falta de recursos para socorrê-los e pedimos qualquer tipo de ajuda, uma “vaquinha”, um real que fosse, as pessoas foram se afastando e ninguém pôde contribuir com absolutamente nada.

Apenas um senhor que nem mora em Teresópolis nos ajudou com 50 reais.

100_5812É um filhote muito bonito, macho, com uns 6 meses e não conseguia mesmo nem ficar de pé. Estava com o corpinho cheio de carrapatos.

Tivemos que interná-lo numa veterinária que nos cobrou 160 reais só pela consulta, banho e medicamentos ( vermífugo, antibiótico, carrapaticida e outros).

Ele terá que ficar internado, pelo menos 15 dias, tempo que será necessário para ele se recuperar e poder ser castrado para ir para a Feirinha de Adoção.

Logo depois que voltamos da veterinária, assustadas com uma despesa que não poderíamos ter tido, uma moça muito bem vestida chegou com uma poodle numa coleira azul e queria deixá-la conosco. Um fêmea com menos de um ano.

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Nós, mais uma vez, explicamos que não temos recursos. Que para assumir um animal adulto teríamos um gasto enorme, pois ela teria que ser vermifugada, vacinada e teria que ficar hospedada numa clínica por, pelo menos, 10 dias, tempo necessário para ela ser castrada e tirar os pontos para poder ser doada.

Dissemos que se ela pudesse nos ajudar, pelo menos, com a despesa da hospedagem e da castração, nós faríamos todo o resto. A moça concordou e saiu da Feira dizendo que iria direto para a veterinário que nós indicamos.

Mais de duas horas depois, um casal  de turistas muito simpático chegou desesperado com a poodle na coleira.

Eles a encontraram AMARRADA num poste numa rua próxima à feirinha, no sol (ontem não havia uma nuvem no ceu de Teresópolis), gritando, desesperada tentando se soltar.

Contamos a “história” da cadelinha e eles nos ajudaram com a despesa da hospedagem dela. Eles não são de Teresópolis e ficaram indignados com a situação.100_5819

As pessoas precisam entender que nós não temos ajuda financeira de ninguém e que somos apenas 6 pessoas.

Já temos as despesas com os animais que assumimos. Além dos filhotes que vão para as feiras, temos muitos outros em tratamento em veterinárias que, fazem um preço melhor para a ONG, mas não trabalham ( nem poderiam porque também tem que pagar suas contas) de graça.

Se cada um pudesse fazer a sua parte, ajudando um pouquinho que fosse. Nossa! Quantos bichinhos poderíamos tirar das ruas!

Desta forma covarde, obrigando-nos a assumir mais animais do que o que nós temos capacidade, vamos acabar tendo que desistir das Feirinhas.

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